As 7 coisas mais legais dos anos 90

sábado, 10 de janeiro de 2009

Gosto muito de dizer que filmes, músicas e livros dos anos 80 formaram meu caráter. Mas isso é lenda. Como sou de 85, a minha real década foi a de 90. Sou, digamos, herdeiro dos adventos da democracia, globalização e capitalismo global. Vi também Romário, Senna e a popularização do computador e da Internet.

Os anos 90 foram incriveis. Com alguns exageros, mas com temas e personsagens marcantes. Por isso, listo abaixo as 7 coisas mais legais dos anos 90.

Para os que nasceram na metada dos anos 80, a Copa do Mundo nos Estados Unidos foi a primeira. Poucos lembravam de 1990 - felizmente. Vivi intensamente os meses de junho e julho de 1994 e digo com autoridade: assisti todos as partidas daquele mundial. Eu começava a ficar doente por futebol graças a Copa.

O dia que mais me marcou foi a véspera da final. Em Los Angeles, os três tenores - Plácido Domingo e José Carreras e Luciano Pavarotti - fizeram uma apresentação. Na sala de casa, com meu pai, dormi assistindo o show na impecável imagem da TV, fruto de horas de esforço do velho, espetos de churrasco e bombril na antena. Tudo para no outro dia, após o tradicional almoço de domingo, a família inteira pudesse ver aquela fantástica e inesquecível final.

“Preciso alimentar meu filho”. “Ai, ele quer dormir”. “Acho que dei comida demais para ele…”. Essas frases ditas por crianças de 5 a 10 anos eram comuns na décade de 90. Mas acalme-se, os tempos não mudaram tanto. O culpado disso era o maldito Tamagotchi. A inveção da Bandai, lançada em 1996 no Brasil, rapidamente tornou-se uma febre.

A motivação do brinquedo consiste em cuidar do animalzinho virtual como se fosse real, dando-lhe carinho virtual, comida virtual, banho virtual, cuidados virtuais, etc. Onde você ia, tinha alguém com seu Tamagotchi.

O brinquedo tinha uma opção reset que zerava a vida do perfil. Em 1999, um menino de 11 anos foi morto em São Caetano (SP) pela irmã dois anos mais velha após ativar o reset. Pois é, alguns levavam o trequinho muito a sério.

Hoje o brinquedo - que na época chegou a custar R$ 60 - ainda é facilmente encontrado em camelôs e custa cerca de R$ 10.

Acredite, houve uma época que essa novelinha era um barato. Sempre aos fins de tarde, Malhação teve sua estréia em 24 de abril de 1995 e foi logo um sucesso. Na primeira temporada o destaque era Héricles (Danton Mello), um rapaz ingênuo que vai para o Rio de Janeiro estudar e emprega-se na academia.

Bastou pouco para o judoca Romão (Luigi Baricelli) arrumar uma treta com o rapaz, que logo torna-se uma paixão proíbida de Isabella (Juliana Martins), namorada do lutador. (Obrigado, Regina).

Dica: Ronaldo faz participação especial em Malhação. |-|

Como você pode ver, o enredo não mudou absolutamente nada. Traições e amores impossíveis são sempre a base de Malhação. Mas que nessa época de academia o programa era mais maneiro, ah, isso era. Virou até revista.

Em 1998 Malhação foi ao vivo. Chamava-se Malhação.com e resumia-se no André Marques lendo e-mails dos telespectadores.

A partir daí, o Mocotó foi pro brejo.

Nerd que é nerd teve - e ainda tem - ICQ. O mais popular programa de Instant Messenger (IM) dos anos 90 era extremamente útil na época da conexão discada. Se você hoje usa e abusa do MSN Messenger ou do Gtalk, é porque um dia o ICQ existiu e obrigou as concorrentes a criarem seu IM.

O ICQ foi o pioneiro desta tecnologia tendo sua primeira versão lançada em 1997 por uma empresa israelita chamada Mirabilis. Em 1999 a AOL adquiriu a Mirabilis, englobando o serviço. A empresa nunca se definiu sobre seu mensageiro instantâneo padrão e desenvolveu um próprio: AOL Instant Messenger (AIM).





Talvez nenhum programa de TV tenha feito tanto sucesso no Brasil como este. O Sai de Baixo foi exibido nas noites de domingo pela Rede Globo entre 31 de março de 1996 e 31 de março de 2002. A primeira formação ficou marcada como uma das melhores que já passou pela TV brasileira.

O programa fez muito sucesso em seu início por ser diferente - era gravado em um teatro de São Paulo (Procópio Ferreira), o que aumentava a interação com o público. O final de cada episódio era amplamente aguardado, pois reservava os erros dos atores. Cada improviso era simplesmente hilário.

O elenco original contou com os atores: Miguel Falabella (Caco Antibes), Marisa Orth (Magda Salão Antibes), Aracy Balabanian (Cassandra Mathias Salão), Luís Gustavo (Vavá), Cláudia Jimenez (Edileuza) e Tom Cavalcante (Ribamar).

Era acabar o Sai de Baixo que todo mundo corria até o SBT para ver o finalzinho do Topa Tudo Por Dinheiro.

Né?

Esse selecionado é onde os adolescentes da época guardam suas melhores lembranças. Acredite, a puberdade de muitos homens agradece pela existência desse quadro. Estamos falando da Banheira do Gugu.

Podem achar ultrajante, de mau gosto e aproveitador, mas esse game (?) formou o caráter a as primeiras espinhas de milhares de adolescentes. Era o máximo tocer para ver pelo menos um peitinho da Luiza Ambiel. Isso sem contar quando a Carla Perez ia ao programa.

Pena que o Ministério da Justiça considerou o quadro não adequado para o horário, pois, segundo a justiça, apresentava cenas de nudez parcial.

Esse parcial é bondade deles.

Ainda há de surgir um grupo musical com o carisma e popularidade deles. Chama-se Mamonas Assassinas a coisa mais legal que aconteceu no Brasil durante a década de 90. É assim chamado também o maior fenômeno musical que já passou por esse país.

Não importa se o segundo disco faria tanto sucesso quanto o primeiro. O fato é que o grupo de Santos Guarulhos (SP) fez história. Com um rock satírico, o grupo vendeu mais de 2,3 milhões de cópias de seu álbum homônimo.

Em dois de março de 1996 eles foram vítimas de um trágico acidente de avião.

Em 2006 foi anunciado um filme da história da banda, baseado em Blá, Blá, Blá - A Biografia Autorizada dos Mamonas Assassinas, do gaúcho Eduardo Bueno. Maurício Eça deve dirigir o longametragem sobre a banda que fazia incríveis cinco shows por final de semana.

Claro que, como qualquer outra lista, há injustiças. O que dizer da Macarena ou da novelinha mexicana Carrossel? E o Chupa-Cabras e o ET de Varginha? E o SNES, a coleção de cartões telefônicos e o Windows 95?

É, talvez o Windows 95 não tenha sido tão legal… Mas e o CD!?

A década de 90 merece muito mais do que um simples post.



Fonte: http://www.quemmatouatangerina.com

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